quinta-feira, 30 de junho de 2011

Demissão sem mudanças

Renato se demite. O Grêmio se livra da multa contratual. Foi bom para ambas as partes. Mas a mudança teria que ser mais profunda. Falta planejamento.
Nos últimos dois meses consegui assistir uns quatro ou cinco treinos. O que eu Via? Rachão, recreativo, corridas em volta dos cones. Nunca lances de bola parada, nunca coletivos, nunca treinos de fundamentos. Os zagueiros não cabeceam, não sabem o tempo da bola. Os meio-campistas não acertam passes. Os cobradores de faltas não acertam um cruzamento. Os atacantes não acertam o gol. O legado de Renato ainda vai doer um pouco no Grêmio, mas taticamente o time pode mudar daqui pra frente, o que já ajudaria muito.
Entretanto as contratações foram erradas no início do ano. A direção deu poderes plenos para o Renato. Falta competência para direção e todo o departamento de futebol. A corda arrebentou onde era mais fácil: no técnico, que é um funcionário que pode ser demitido.
A questão é: Renato é fraco por si mesmo, ou estava fraco por causa da falta de material para trabalhar?
Como pode Fernando ser tão ruim se quando surgiu era um bom jogador e fez um ótimo sul-americano pela seleção de base? Como pode Douglas não acertar um passe de um metro?
Foi o Renato? Foram os jogadores?
São perguntas que poderão ser respondidas nos próximos jogos, se vier um bom técnico. O medo de todo o gremista é: manda embora o Renato mas contrata Cuca, Roth ou Adilson.
Na minha opinião: Renato é um técnico médio, e a direção não facilitou as coisas pelo péssimo planejamento.

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